4 de setembro de 2008

Liturgia da Palavra: Cristo fala

Deus nos reúne em torno do seu Filho Jesus, o Ressuscitado, para dialogar conosco e nos comunicar o seu Mistério, mas para isto é necessário uma atitude de escuta filial, ou seja, uma escuta atenta e amorosa, dentro, é claro, da realidade concreta da nossa vida.

A Liturgia da Palavra é este diálogo da Aliança, diálogo amoroso e comprometedor entre Deus e seu povo animado pelo Espírito Santo. O Verbo de Deus, o Logos, a Palavra viva do Pai, o próprio Cristo, se torna carne em nós para continuarmos sua ação salvadora.


Cremos que “quando se lêem as Sagradas Escrituras na Liturgia, é Cristo mesmo que fala” (SC 7), e que “ignorar as Escrituras, é ignorar o Cristo” (São Jerônimo,) cuja fala é ação que nos liberta, guia e ilumina para prosseguirmos a caminhada, testemunhando-o e realizando a páscoa na história. Por isso, esta palavra é “Palavra da Salvação”, ou seja, palavra que nos salva, nos faz passar da morte para a vida, da escravidão para a liberdade, do individualismo para a vivência comunitária do amor, do pecado para a vida da graça!

Esta Palavra é também anúncio da salvação universal! E, assim sendo, nós também somos convocados para ajudar nessa tarefa, uma vez que com o Pão da Palavra somos alimentados por Cristo para que fortalecidos e transformados por Ele sejamos suas testemunhas, seus discípulos missionários.

Que neste mês de setembro, mês da Bíblia, possamos nos aproximar mais ainda da Palavra de Deus e entoar com o salmista: “Como eu amo, ó Senhor, a vossa lei! Permaneço o dia inteiro a meditá-la. Como é doce ao paladar vossa palavra, muito mais doce do que o mel na minha boca!” (Sl 118).

Douglas Carré, acadêmico do 2º semestre de filosofia da PUCRS

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