2 de dezembro de 2006

Teologia da Libertação, Pastoral da Criança e sua Eclesiologia


O presente texto apresenta uma reflexão teológica da Teologia da Libertação, da Pastoral da Criança e sua Eclesiologia a partir de um estudo bibliográfico dos principais eixos da Teologia da Libertação, um estudo detalhado do texto de formação de líderes da Pastoral da Criança e uma análise de manifestações colhidas, através de um questionário, junto às líderes da Pastoral da Criança que atuam em bairros de Santo Ângelo. Ancora neste trabalho, um estudo particular e preciso que me fez questionar qual a Eclesiologia que subjaz do livro um do Guia do Líder da Pastoral da Criança.
Os principais eixos da Teologia da Libertação – reflexão esta que nasceu em chão letino-americano na década de sessenta a setenta – são o eixo cristológico, escatológico, eclesiológico e moral. A cristologia latino-amerericana é teologicamente relevante, pois revela os conteúdos do querigma cristológico. Esta reflexão apresenta Jesus Histórico preocupado com a vida de seu povo na busca de libertação. Ele está encarnado no mundo dos pobres e apresenta sinais do Reino de Deus. A luz de Cristo como obra divina na história da salvação, será sempre uma ação de promoção e libertação humana que precisa acontecer, pois, esta esperança primordial faz emergir a escatologia latino-americana. A salvação é comunhão da humanidade com Deus e da humanidade entre si. É algo que se dá, também, real e concretamente, desde agora na realidade humana, até sua plenitude na morte. A esperança é elemento constitutivo para viver plenamente em Deus.
A Teologia da Libertação, nascida nos anos sessenta e setenta, fundamenta a sua práxis numa Igreja chamada libertadora. O modelo de Igreja atende as perguntas e respostas dos necessitados e oprimidos da sociedade. Destaca-se o potencial evangelizador dentro da Igreja comprometida com a justiça e a vida. A reflexão teológico-moral fundamenta e explicita o compromisso cristão prático com a realidade chocante. É uma teologia da práxis, coerente com o axioma de transformação da realidade desigual para com uma sociedade mais humana e justa. Destaca-se o critério da necessidade de libertação, como missão de “salvar vidas” da miséria não olhando se pertence a ‘esta’ ou ‘aquela’ igreja.
A Pastoral da Criança é uma organização ecumênica, nascida na década de oitenta, que une fé e vida no acompanhamento de crianças, mães e gestantes necessitadas em todo o Brasil. Ela tem um apoio muito grande da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, já que nasceu como pastoral desta denominação. São vários líderes da Pastoral da Criança espalhados pelo Brasil. Não é diferente nos bairros de Santo Ângelo, onde as líderes entrevistadas revelam a vontade e a missão que estão assumindo para salvar vidas (orientação, nutrição, lazer, carinho), pois a estrutura social quase sempre domina e oprime.
A Eclesiologia apresentada no livro um da Pastoral da Criança, revela uma Igreja ecumênica, missionária, profética e ministerial que reflete a missão de Jesus Cristo Bom Pastor. A identidade desta Igreja congrega em seu projeto, a missão de Jesus no âmbito de libertação e salvação. Apresenta-se uma eclesiologia própria deste chão, que denuncia as injustiças e anuncia um mundo mais humano e possível.
Portanto, a Teologia da Libertação e a Pastoral de Criança, expressam uma Eclesiologia que ancora a prática libertadora das pessoas que são tornadas excluídas, oprimidas e marginalizadas. O critério da vida e “vida em abundância” é privilegiado na Teologia da Libertação e na Pastoral da Criança. Nas falas das líderes entrevistadas explicita uma promoção da dignidade humana para que a vida sempre possa acontecer. Este modelo de Igreja, que vai ao encontro dos necessitados, precisa ser valorizado.
Somamos forças para que um novo mundo seja pronunciado e proclamado. Assim, muitas fronteiras podem ser rompidas e muitas pontes podem acontecer entre as pessoas para que se faça a experiência do mistério de Deus.
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Diácono Marcio Laufer (Formando de Bacharel em Teologia URI-IMT, 2006)

DICA DE LIVRO


“Educar é fazer ato de sujeito, é problematizar o mundo em que vivemos para superar suas contradições, comprometer-se com o mundo, para recriá-lo constantemente.”
(Moacir Gadotti)
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A educação, hoje, é colocada como uma prioridade para o desenvolvimento social. Isto quer dizer que educação é muito mais do que um instrumento a mais na luta por um espaço na sociedade mediante o mercado de trabalho, mas têm uma função social, dialética, de através de uma ação educativa construir uma nova sociedade, baseada no diálogo que não pode negar o diferente, o conflituoso. É em cima desta idéia que é escrito o livro Educação e Poder: Introdução à Pedagogia do Conflito, do Mestre em Filosofia e Doutor em Ciências da Educação, o Professor Moacir Gadotti.
A obra é de uma riqueza filosófica e de uma perspicácia crítica. Gadotti mostra-se como um implacável destruidor de conceitos excludentes e preconceituosos, ocultados no jogo ideológico da prática educativa cuja finalidade é mascarar um projeto social, político e econômico de uma minoria que detém o poder. Critica a pedagogia que acredita no consenso, na univocidade teórica e prática, negando e até perseguindo quem pensa diferente.
Como alternativa, propõem a pedagogia do conflito, do diálogo entre as diferenças. A educação proposta é uma educação que não se limita na relação professor-aluno, mas na implicância da relação educação com a sociedade, que se dá na inseparável vinculação do ato educativo, do ato político e o ato produtivo, ou seja, a educação na questão do poder.
A obra se divide em três partes. Na primeira parte o autor faz uma análise filosófica da educação, na segunda parte reflete a prática pedagógica e na terceira faz uma análise da política e da prática educacional no Brasil à luz da crítica da ideologia.
É destinado àqueles que, por acreditarem na educação, acreditam em outra relação educativa, que promova uma nova sociedade.

Eliseu Oliveira 2º semestre

O MODELO DA FILOSOFIA DA LINGUAGEM EM HABERMAS



Na grandiosa História da Filosofia, em seu itinerário físico e metafísico, pode-se de uma forma bem rústica e geral dividi-la em três grandes paradigmas: a filosofia do ser (antiga e medieval) levando em conta a objetividade, a filosofia da consciência e da subjetividade (moderna) sempre tendo em vista o sujeito e agora na atualidade, ou seja, na contemporaneidade, a filosofia da linguagem, surgindo, de modo especial, a partir da virada lingüística.
Isto vem a intensificar o pensamento metafísico como impostação da filosofia da consciência.
Na concepção platônica da linguagem, a sua função consiste na expressão adequada da ordem objetiva das coisas, isto é, captar a verdadeira ordem das coisas como norma da retidão da linguagem.
A filosofia da linguagem renuncia a estes fenômenos da consciência, substituindo os procedimentos intuitivos.
Pela forma da sentença, pode-se então, deduzir as regras da linguagem que usamos inconscientemente. Isto é possível, somente porque a filosofia da linguagem abandonou a representação da própria linguagem, onde ela é compreendida como um instrumento de comunicação que permanece fora do conteúdo dos pensamentos. Ao contrário, a filosofia da linguagem passou a interpretar a linguagem como forma de expressão da representação e pensamento.
A modernidade pode então ser entendida no âmbito das revoluções: industrial, tecnológica que através da ciência e da técnica transformou a razão do mundo.
Neste sentido “o paradigma da linguagem, ou do entendimento intersubjetivo, ou da comunicação, está mais apto a revelar estruturas de racionalidade subjacentes à atividade humana na fala, do que o próprio pensamento.”
Habermas chega a afirmar que há uma racionalidade imanente na ação comunicativa que, através de um núcleo universal da linguagem ligado a esta racionalidade, então, possibilita o entendimento:
Nisto, se constitui o cerne da discussão da problemática da racionalidade.
Este proferimento, por sua vez, visa passar da singularidade para a universalidade, por meio de uma aprovação dos participantes da comunicação.
Enfim, afirma-se as prerrogativas já expostas do problema lingüístico, de Platão a Wittgenstein, da instrumentalidade da linguagem para a mediação intranscendível do filosofar, enquanto racionalidade e agir comunicativo.

Magno Sauer 6º semestre

DICA DE LIVRO

NUNCA É TARDE PARA RECOMEÇAR UMA VIDA
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Nossa vida é feita de vários momentos. Estes muitas vezes realizados naturalmente, outros, entretanto, nem tanto pelas pedras encontradas no caminho. Nossa condição humana, também tem o subjetivo que influência diretamente nela. No entanto, não podemos deixar o medo nos vencer, mas ter coragem de encarar a vida. Todos temos possibilidades.
O livro de José Alberto, que é jornalista e radialista, busca justamente elevar a auto-estima da pessoa, nos momentos de dificuldade com mensagens e reflexões. Procura mostrar a ele/a que nossos desafios são constantes e os problemas da vida que temos sempre vamos ter e, não vai ser fugindo deles que vamos resolvê-los, mas sim os encarando.
Enfim, o livro é muito interessante para uma leitura naqueles momentos da vida em que se está enfrentando alguma dificuldade, seja ela existencial ou grupal. É importanto que diante destas realidades não se pense com infantilidade, imaginando que com tristeza ou cara feia iremos resolver todos os problemas; que diante de alguma dificuldade em nossa vida, não percamos a esperança, ou nos apavoramos, mas sim cremos em nossas possibilidades. Crer também que Deus olha por nós.

Doglas Pereira Francisco 6º semestre

COMO É O NATAL HOJE?


Como é o natal hoje? Está é a pergunta que nos faz refletir e nos perguntar como eu vivo, e como minha sociedade vive?
Com certeza vamos ter várias respostas, que chegaremos ou não a uma conclusão. Observando pela nossa sociedade consumista, onde nós também muitas vezes somos, o Natal virou algo de presente, de enfeites natalinos que encantam os nossos olhos, se tornando algo muito superficial e não vivemos o verdadeiro significado, que é o nascimento do nosso salvador.
E como nós estamos nos preparando para comemorar o nascimento do nosso salvador?
Podemos nos preparar de várias maneiras como já mencionei, mas devemos ter em nossa mente o que é importante saber, que o Natal é algo que dá coragem, ânimo para seguir a luta pelo reino que Jesus veio trazer, que é um reino de amor, de partilha, de caridade, de sermos santos como ele foi, e é para isto que nasceu, para ser nosso rei e salvador, só que nossa sociedade se preocupa no vender e não em mostrar o verdadeiro sentido.
Muitos dirão: mas também assim demonstramos nossa alegria. Sim, também pode ser vivido desta maneira, com enfeites, com pinheiros...enfim, mas não devemos só ficar nisto e perder o verdadeiro significado do que deve ser comemorado. E neste final de ano aproveite e agradeça tudo que conquistastes, porque foi cristo quem te ajudou a realizar.
E um Feliz e abençoado Natal!

Everton M. de Souza 2º semestre

14 de novembro de 2006

Grande aventura 2006

Os seminaristas dos cursos de Filosofia e Teologia da Diocese de Cruz Alta, acompanhados dos Padres Sílvio, Magnos e Marcos, como tradicionalmente acontece, realizaram, nos dias 10 a 14 de novembro, o passeio chamado de "Grande Aventura". O local foi a praia em Nova Tramandaí.

7 de novembro de 2006

COMO A SOCIEDADE ATUAL VÊ A MORTE


A morte, no mundo de hoje, não espanta e comove mais como deveria. Todo o dia temos notícias de mortes. Na televisão a morte é a estrela, o convite às bilheterias do cinema. A morte é atrativo até para a diversão das crianças nos jogos virtuais de computador ou video-game. A morte tornou-se quase que banal, quando não é com um alguém próximo a nós. Estamos acostumados porque vivemos uma “cultura de morte”.
De fato, se o mundo não dá mais valor à morte, muito menos dá à vida. A vida humana não é valorizada. Podemos buscar alguma explicação na suposta “virada antropocêntrica”. Tinha-se a idéia de que a pessoa (antropo) estaria no centro (centrismo). Como pressuposto desta visão o ego cogito, o “eu penso” de Descartes (1596-1650). Com Descartes e Bacon (1558-1627), passando por Galileu (1564-1642), Newton (1642-1737), Einstein, (1879-1955), e muitos outros no ramo da ciência, o mundo desenvolveu sua técnica e sua tecnologia, mas o que se pretendeu como fim (pessoa) tornou-se meio. Ou seja, a ciência deveria objetivar a pessoa humana. Contudo, a pessoa humana não foi o centro. A técnica tomou tal autonomia que o centro passou a ser a própria produção, o mercado, o lucro.
Poderíamos perguntar: e o lucro não vai para a pessoa humana? Não. Uma pequena parcela não pode representar o todo, a pessoa humana. O bolo aumentou, mas não foi dividido. Hoje, com a idéia neoliberal que afasta o Estado e dá pleno poder ao mercado, podemos dizer que vivemos na era do “mercadocentrismo”. Todo este contexto gerou uma “cultura de morte”. Para a moral pregada pelo neoliberalismo, é normal, é aceitável que há gente que morre de fome ou que não tenha vida digna, pois o “darwinismo social” pregado é que os mais fortes comandam o “Senhor Mercado”, enquanto os mais fracos devam morrer, “vítimas de sua própria fraqueza”.
A ciência, no meio de toda essa ideologia da morte camuflada de suposta liberdade, onde a liberdade é apenas para o mercado, não tem culpa. A culpa é do egoísmo de alguns grupos. E parece que estamos anestesiados, há um cansaço de ser bom, de lutar pela vida... e terminamos cooptando com a morte de nossos irmãos.
Eliseu Oliveira 2º semestre

EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADE DO SER MAIS


O processo educativo como mediação para a humanização deve levar a uma nova postura perante a existência, existência que é estar sendo e se realizando no mundo. A educação é um processo lento e longo e, sua eficácia verifica-se até o fim da vida, pelo fato da pessoa humana ter uma eterna capacidade criadora.
Mas o homem é esse ser de criação e de transformação e, essa possibilidade que lhe é própria, chama-se cultura. Assim o homem precisa de normas e regras para orientar seu agir, nas relações com o outro e com o mundo. No entanto, num primeiro momento, temos total aderência às normas, por não conseguirmos darmos por nós próprios o verdadeiro sentido do existir das normas estabelecidas. Já no momento seguinte, com sua evolução física, sensorial e principalmente intelectiva, sabendo-se como ser que sabe que sabe, começa a perceber-se no mundo e com o mundo, dando assim um verdadeiro existir a si próprio. Cabe-lhe, porém, decidir sobre o aqui e o agora.
Entretanto, esse processo não se realiza isoladamente, ocorre em um mundo onde está inserido com outros seres. E aí percebe-se único, mas em relações contínuas com o semelhante, sendo essas relações muitas vezes conflituosas.
Portanto, o homem é um ser sociável e nessas relações precisa ser educado. A educação, no entanto, consiste que os outros sejam aqueles que oportunizam a cada um, o que lhe é próprio, a fala. Que é o poder expressar a mesma linguagem dialogada, não interpretada.

Doglas J. P. Francisco, 6º semestre
Obs: Doglas está fazendo a monografia em Paulo Freire

A nossa faculdade...

18 de outubro de 2006

TARDE DE RECOLHIMENTO

ENCONTRO DOS SEMINARISTAS DA DIOCESE DE CRUZ ALTA (2006)

Primeiro ano e Reitor





Estavamos indo para o Encontro dos Seminaristas, que realizou-se na sexta e no sábado, véspera da Romaria de Fátima. Passamos então por esta cidade tão bonita e não tivemos a dúvida: deveriamos deixá-la mais bonita ainda... Essa é a história da nossa foto.

4 de outubro de 2006

MARIA, MODELO DE FÉ E MISSIONÁRIA DE JESUS


Outubro é o mês missionário. Queremos tomar maior consciência de nossa missão. Na Igreja somos todos missionários de Jesus, pois a missão do cristão é decorrência do próprio batismo. Assim, somos responsáveis pelo anúncio da Boa Nova, nos tempos atuais, aqui e agora. Para sermos missionários de fato, precisamos testemunhar pela vida, a nossa fé em Jesus ressuscitado, com amor, humildade e doação, no cotidiano.
Com Maria, modelo de fé e missionária primeira de Jesus, seremos coerentes com aquilo que anunciamos, cumprindo nossa vocação
missionária. Maria, modelo de fé. “Feliz a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”. A maior razão para termos Maria como modelo de fé é observar sua vida, sua coerência entre “crer e viver”. Nela a fé
se traduz numa grata acolhida de Jesus que é Caminho, Verdade e Vida. Ela vive com os olhos
fixos em Cristo e guarda cada palavra: “Conservava todas estas coisas e as meditava em seu coração”(Lc 2,19). Assim revelava ser toda de Deus.
Pela fé, Maria se abre à ação do espírito Santo e concebe o Verbo encarnado do Pai, junto com a missão a ela confiada. Em sua oração “Eu sou a serva do Senhor”, revela sua entrega total a Deus e disponibilidade absoluta em servir as pessoas mais necessitadas. Ela é de fato a grande mensageira e anunciadora do Reino de Deus.
A missionária de Jesus, revela pela sua fé a confiança em Deus, que é possível superar grandes dificuldades. Ela é capaz de caminhar ao encontro de um futuro novo ainda desconhecido, aceitando ser a mãe e a serva de Jesus. Tudo o que ela diz e faz, leva-nos ao compromisso missionário hoje, como alegres e corajosos colaboradores de Jesus.
Outubro é também o mês do Rosário. Saibamos configurar-nos a Cristo missionário com Maria. Disse João Paulo II: “ O Rosário é um itinerário de anúncio e aprofundamento, no qual o mistério de Cristo é continuamente oferecido aos diversos níveis da experiência cristã”. Portanto, mediante a oração do Rosário anunciamos Cristo com Maria. É um meio poderoso de vida espiritual e um grande recurso para todo bom evangelizador.
Finalmente gostaria que você caro leitor, se perguntasse: Tenho consciência que também sou batizado e missionário de Jesus? Tenho suficiente fé e coragem para anunciar a Boa Nova do reino de Deus no mundo atual?

Pe. José Hermeto Mohr

Dica de livro


Pequeno livro, mas encantador, é a obra Regina conta sua história, da Irmã Berenice Ziviani, filha da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, V.M. sua primeira edição foi em 1997 pela Editions du Signe, estando agora na quarta edição, pela editora Novos Horizontes. Ao contar a simples história de Regina, a Ir. Berenice nos mostra um caminho de fé, de oração e penitência. Um exemplo de fidelidade e amor a Deus. Regina, nascida em Bransberg, teve uma infância que a muitos invejariam, quando jovem “eu era vaidosa, apreciava as festas e me lisonjeava em ser a preferida
entre as jovens de minha idade. Os olhares de meus admiradores não me eram despercebidos”.(p.07)
Mas ao passar do tempo, como nada disto lhe dava prazer, Regina percebe que algo mudou, sente que seus sentimentos mudaram em relação a Jesus Cristo, e decide segui-Lo. Ela, jovem de grade amor no coração segue um caminho diferente do qual sua família planejará. “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo,
tome sua cruz e siga-me”. (Lc 9,23) Regina seguiu, decidiu morar com uma viúva, e dai em diante nada mais faria desistir, de seguir a Cristo ressuscitado e em auxilio aos pequeninos.
Quando se tem um ideal de vida, ou um caminho que queira seguir, siga-o da melhor forma possível, trilhe-o com amor esperança como fez Regina. Foi atrás de seus ideais. Em 18 de março de 1583, Dom Martinho Croner aprova a ordem religiosa que já estava com doze anos de missão desde o dia em que Regina havia saído de casa. A ordem religiosa passaria a ser chamada de Sociedade Catarina.
Com sabedoria e prudência, as primeiras seguidoras juntamente com Regina oficializam os três votos (castidade, obediência e pobreza). Ir. Regina continua a fazer de seus dias uma grande oferta a Deus, de trabalho, oração e penitência. Uma fiel e autentica seguidora de Cristo, que não mediu esforços para levar consolo e carinho a todos que precisassem. Ir. Regina, um exemplo de humildade e de solidariedade.
Aos 61 anos de idade, mais humana do que nunca entrega a vida a Deus. Ir. Regina viveu “COMO DEUS QUER”.
Uma obra fácil de ler e para todas as idades, mas em especial para jovens que estão pensando em seguir Jesus Cristo.

Luiz José Bizarello
2º sem. de Filosofia

SOBRE A MULHER HOJE



Ainda existem muitos obstáculos a serem superados, mas, arrisco dizer, que em nenhum outro momento histórico as mulheres, em geral, tiveram tantas possibilidades de vencer os preconceitos e ocupar o lugar que é seu na sociedade.
Em comparação com épocas passadas, percebemos grandes avanços que o gênero feminino angariou para si: poder expressar seu pensamento e fazer com que seja ouvido, poder votar e ser votada, poder ter um emprego, poder decidir se quer ou não ter um filho ...
Se considerarmos que na maioria das culturas antigas a mulher era vista como naturalmente inferior ao homem, sendo, até mesmo, tida como um homem que nasceu com um defeito por que fora fruto de uma gestação imperfeita.
E em alguns povos de antigüidade a mulher era diretamente relacionada com uma necessidade corporal, e portanto, um empecilho para a ascendente caminhada às realidades inteligíveis que levariam ao conhecimento da verdade.
E uma outra discriminação que marcou a história feminina, que foi a concepção de que mulher é o “sexo frágil”: emotiva, mais fraca fisicamente frente ao homem “racional e forte”. Era vista como alguém que precisaria da presença impositiva e protetora do homem para poder sobreviver.
Principalmente depois das revoluções liberais que sucederam na Europa a partir do século XVII, a mulher, aos poucos, começou a ser vista como pessoa, igual ao homem em dignidade direitos e deveres. É obvio que jamais podemos nos furtar a elogiar e reconhecer as ações dos grupos que lutaram e lutam a favor do respeito aos direitos da mulher, e que é inegável que, apesar dos avanços, a mulher continua discriminada e violentada, principalmente as mais pobres. Mas apesar disso, de um passado antigo e recente fortemente marcado pela discriminação, a mulher segue conquistando o seu espaço para poderem expressar-se e desenvolverem suas capacidades que tanto contribuem para a sociedade como para a vida.
Certamente ainda há muito que se avançar, mas existem vitórias para serem celebradas.

Luis Fernando Mattos 2° Semestre

25 de setembro de 2006


Everton, Magno, Doglas, Eliseu, Padre Marcos, Luiz José e Luiz Fernando...no encontro dos seminaristas.Essa foto foi tirada na capela do Centro Diocesano de Formação Pastoral, em Cruz Alta.

PARA QUE SERVE A FILOSOFIA?


Se a filosofia não servisse para nada, não haveria filosofia. Então, qual a utilidade e aplicabilidade da filosofia? O filósofo Karl Marx, na Tese XI a Feuerbach, afirma: “Os filósofos nada mais fizeram senão interpretar o mundo de diversas maneiras, porém o que importa é transformá-lo”. O que temos então: a filosofia é “interpretação” (utilidade da filosofia como possibilidade real de questionamento radical, rigorosa e de conjunto, a filosofia como o estudo das “ causas últimas de todas as coisas”, segundo Aristóteles), ou interpelação que exige transformação (ter de modificar o meio social, ou seja, a utilidade prática ou pragmaticidade da filosofia)?Platão dizia que a filosofia começa com a “admiração”. Aristóteles dizia que era com o “espanto”. O filosofo latino americano Enrique Dussel, freqüentemente vem afirmando que a filosofia deva começar com a “indignação ética”, ou seja, partir da realidade, não apenas para contemplá-la, como se o sujeito que a olhasse estivesse fora dela, mas saber-se parte dela, e sendo parte também é responsável por ela, e por ser responsável não tolera a injustiça que nela existe. Um pensar que parte da realidade para a ela retornar em forma de mudança dessa própria realidade, será esse o papel da filosofia? E se a filosofia não partir da realidade, da realidade como um todo e não apenas de parte dela (caso contrário não será de conjunto, sendo apenas radical e rigorosa), de onde partirá a filosofia? A quem interessa e a quem não interessa a filosofia que não parte da realidade para entendê-la e transformá-la?

Eliseu Oliveira 2º semestre de filosofia.

Devemos votar! Mas em quem?


Uma pergunta que nos faz pensar e muito, principalmente por estarmos perto das eleições. Estamos em um tempo de muitos problemas políticos, é corrupção para todos os lados. A política de nosso país passa por uma grande crise. Mas nem por isso devemos abster-se de tentar atinar o voto. O Papa Bento XVI exorta a todos os cristãos sobre os seus preceitos enquanto leigo: “ O dever imediato de trabalhar por uma ordem justa na sociedade é própria dos fiéis leigos. Estes, como cidadãos do Estado, são chamados a participar pessoalmente na vida pública, assumindo funções legislativas e administrativas que se destinam a promover orgânica e institucionalmente o bem comum”(Deus Caritas est, nº 29).Por isso devemos assumir como cristãos a missão de “empenhar-se na luta geral pela justiça, ajudando a purificar a razão e a formar a consciência das pessoas”( ELEICÕES 2006, Orientações da CNBB).Com este comprometimento de cristãos devemos começar a questionar algumas dimensões; o que defendemos hoje, contempla a todos ou somente os meus interesses pessoais?Esta é uma de tantas dimensões intrigantes que não querem calar, pois elas afetam profundamente a nós. Mas o que devemos fazer? Responder estas questões e esquecer o assunto?Não! Devemos refletir e assumir uma postura crítica em relação a escolha do candidato para o qual vai regular o andamento de nosso país. Pois este deve buscar, que: “A realização dos direitos da sua população está acima dos interesses do mercado financeiro nacional e internacional; priorizar a economia solidária e a geração de renda, através das iniciativas diretas da população e de incentivos públicos; promover uma auditoria das dívidas externa e interna, cumprindo o mandato constitucional”(Cf. Disposição Constitucionais Transitórias, Art. 26).

Luiz José Bizarello/ 2º sem. de Filosofia

DICA DE LIVRO:


Uma obra merecedora de atenção é o livro: Sociologia Crítica: alternativas de mudança, do Pe. e Doutor Pedrinho Guareschi. Trata-se de um trabalho que é publicado pela editora Mundo Jovem e EDIPUCRS a mais de vinte anos, com mais de 50 edições, e não obstante ter vido a público a mais de duas décadas traz em seu teor colocações e propostas sempre atuais e instigantes.Por suas abordagens sucintas e penetrantes, constitui-se numa grande obra a serviço da Sociologia realmente comprometida em entender a formação social e a partir de sua compreensão elaborar formas de superar as suas contradições.Mesmo explicando detalhadamente os fundamentais conceitos da Sociologia, nunca perde de vista o seu público alvo, por isso, apesar de usar alguma terminologia científica, é opcionalmente acessível à compreensão de todas as pessoas que estão na base social, principalmente os mais jovens, e que sustentam o atual modo de produção com seu trabalho expropriado.O autor propõe, como uma das alternativas de melhoria do quadro social, um modo de comunicação alternativo ao que é maciçamente propagandeado pela mídia e demais aparelhos ideológicos. O livro constitui-se em um desafiante convite a passarmos a encarar como “realidade” não somente o que está “aí”, diante de nossos olhos, mas como algo que pode “vir a ser”, o futuro também é realidade, e ele o será, da maneira com está sendo “gestado” em nosso presente.Trata-se de uma excelente leitura, dirigida principalmente à agentes de pastoral, catequistas, professores, líderes comunitários e demais pessoas, que, interessadas em entender a nossa estrutura social, desejam comprometer-se com a construção de uma sociedade cada vez mais justa e fraterna.

Luis Fernando Mattos (2º semestre de Filosofia)

Bíblia: Fonte de Inspiração para nossa Vida


A Bíblia é a história de amor de Deus pelos homens. Foi escrita em épocas e contextos diferentes, mas mesmo assim, sendo compilada há tanto tempo, tudo o que contém se aplica a nossa vida. Recebe o nome de Sagrada, pois, foi inspirada por Deus. Sendo composta por Antigo e Novo testamento. O Antigo é composto por 46 livros contanto a história do povo hebreu, com suas lutas, vitórias, seus reinados, seus profetas e sobretudo, de seu amor a Deus. Já o Novo traz a Boa Notícia através dos quatros Evangelistas ( Marcos, Mateus, Lucas e João ), e é composto por 27 livros. No total Ela tem 73 livros, com vários modos de escrever: histórias, poesias, hinos, cartas e outros estilos de acordo com a mensagem que se queria comunicar.Devemos tê-la como fonte de inspiração, algo que nos orienta fazendo-nos homens novos, renovados no Espírito Santo.Ela mostra-nos o caminho para chegarmos ao Pai, iluminando-nos e dando força em todos os momentos, bons ou ruins. É a base de nossa fé, indica o que devemos fazer e como fazer.E nós aceitamos a palavra viva e eficaz que é a Bíblia Sagrada?Se não aceitamos ela ainda, temos a oportunidade neste mês de tentar conhecer seus ensinamentos, e não deixar apenas como enfeite na estante de nossas casas.

Everton M. De Souza(2º semestre de Filosofia)

A UTILIDADE DA FILOSOFIA

Aristóteles já dizia que "todas as ciências podem ser mais necessárias do que a filosofia, mas nenhuma lhe será superior". Com essa frase, nós, presentes filósofos da Diocese de Cruz Alta, justificamos o nosso curso.Algumas pessoas não entendem a utilidade da filosofia na vida prática. De fato, não há uma utilidade específica, pois a filosofia estuda tudo e o todo, tudo é objeto da filosofia, ela é a "ciência dos primeiros princípios e das ultimas causas". Ela é útil enquanto pergunta, enquanto questiona, enquanto cria possibilidades.Ser filósofo é, consequentemente, ter mais perguntas do que respostas. Ele é um amigo (philo) da sabedoria (sophia), não um sábio (sopho - sofista) que tem todas as respostas. O filósofo ama o saber, por isso é filósofo (philo-sopho), por isso pergunta, para saber mais do que sabe.A filosofia leva você a esse caminho... em busca do saber, por amor ao saber, preparando você para que também seja um amante da sabedoria, um philosopho.
Por: Eliseu Oliveira (1º ano)

Filósofos da Diocese de Cruz Alta

A Diocese de Cruz Alta tem 6 seminaristas cursando filosofia em Viamão: Luiz José, Luiz Fernando, Doglas, Magno, Everton e Eliseu. Doglas e Magno estão terminando a faculdade, já estão no sexto semestre, enquanto os outros estão no segundo semestre.