13 de agosto de 2008

Dica de livro: Os Tempos Hipermodernos



Em "Os Tempos Hipermodernos", o sociólogo Gilles Lipovetsky mantém sua linha de provocação e debruça-se novamente sobre o homem contemporâneo para atestar nossa transição da fase pós-moderna para a hipermodernidade. Escrito com a colaboração de Sébastien Charles, "Os Tempos Hipermodernos" chega ao Brasil apenas sete meses depois do lançamento na França e explica como a globalização fortaleceu o individualismo, o mercado e o avanço técnico- científico.
Já se disse várias vezes que a pós-modernidade morreu, mas ninguém ate agora havia afirmado de forma tão cabal que ela nem se quer existiria. É justamente o que defende o filósofo Gilles Lipovestsky neste livro. Ele argumenta que desde os anos 50, o mundo vive uma intensificação jamais vista do tripé que sempre caracterizou a modernidade: o mercado, o individuo e a escalada técnico-cientifica. A partir dos anos 80, com o avanço brutal da globalização e das novas tecnologias de comunicação, esse fenômeno – que ele batizou de hipermodernidade – adquire uma velocidade espantosa, passando a interferir diretamente em comportamentos e modos de vida. Mais do que um lance de retórica, o termo hipermodernidade define a situação paradoxal da sociedade contemporânea, dividida de modo quase esquizofrênico entre a cultura do excesso e o elogio da moderação. De um lado, diz Lipovetsky, “é preciso ser mais moderno que o moderno, mais jovem que o jovem, estar mais na moda do que a própria moda”; de outro, valoriza-se a saúde, a prevenção, o equilíbrio, o retorno da moral ou das religiões orientais. O novo tempo precisa de novos conceitos para ser bem mais apreendido e vivido.

Gilles Lipovetsky, nasceu em 1944, em Millau, na França. É um dos principais pensadores da sociedade moderna, e suas teorias causam polemica em todo mundo.
Editora Barcarolla. 2005.
R$ 33,00 em http://www.saraiva.com.br/
Dica de leitura: por Pe Magnus Camargo, Mestrando em Teologia pela PUCRS

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