2 de julho de 2008

Ano Paulino

Nossos olhos se voltaram, no dia vinte e oito de junho, para a Basílica papal de São Paulo fora dos Muros em Roma, onde o Santo Padre Bento XVI abriu oficialmente o ano jubilar 2008-2009 em comemoração ao bimilenário ano do nascimento do Apóstolo das Nações, São Paulo.

Paulo nasceu em Tarso na região da Cicília, Ásia Menor, atual Turquia, provavelmente entre os anos 7 e 10 d.C. numa família judaica e foi criado dentro das exigências das tradições judaicas paternas (Gl 1, 14). Era um homem profundamente religioso, judeu praticante, irrepreensível na observância da Lei. Ideal este que o animou durante aproximadamente os primeiros 28 anos de sua vida.

De perseguidor dos cristãos tornou-se o seu maior evangelizador, após a queda no caminho de Damasco. Quando Aquele a quem perseguia o cercou com grande luz a ponto de o deixar cego (At 22,4-21). A conversão de Paulo para Cristo significou uma mudança radical na sua vida, mas não foi uma “troca de Deus”, Paulo continuou fiel a Deus e a seu povo tornando-se então apóstolo por vocação, não por auto candidatura ou encargo humano, mas por chamado divino.

Seu nome aparece como autor de 13 Cartas do Novo Testamento, escritas a diferentes comunidades, ao longo uns cinqüenta anos, a saber: Romanos, Gálatas, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Coríntios, Filipenses; Filémon; 1 e 2 Timóteo, Tito, Efésios, Colossenses.

Abrindo o Ano Paulino o Santo Padre motiva que se tenham iniciativas diversas de cunho litúrgico, cultural, ecumênico, pastoral e também social para a comemoração deste ano dedicado a este grande Apóstolo que “combatendo o bom combate, terminando a corrida e guardando a fé” (2 Tm 4,7) é motivo de alegria para a Igreja de Roma que segue seu exemplo e testemunho como anunciadora da Boa Nova.

Encerrando sua homilia na solene Celebração Eucarística de abertura deste ano jubilar o papa nos recorda e exorta: “Há um aspecto especial que deverá ser cuidado com particular atenção durante a celebração dos vários momentos do bimilenário Paulino: refiro-me à dimensão ecumênica. O Apóstolo das Nações, particularmente comprometido em levar a Boa Nova a todos os povos, prodigalizou-se totalmente pela unidade e pela concórdia de todos os cristãos. Queira ele guiar-nos e proteger-nos nesta celebração bimilenária, ajudando-nos a progredir na busca humilde e sincera da unidade plena de todos os membros do Corpo Místico de Cristo. Amém!”.

Douglas Carré, 1º Sem.

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