2 de dezembro de 2006

O MODELO DA FILOSOFIA DA LINGUAGEM EM HABERMAS



Na grandiosa História da Filosofia, em seu itinerário físico e metafísico, pode-se de uma forma bem rústica e geral dividi-la em três grandes paradigmas: a filosofia do ser (antiga e medieval) levando em conta a objetividade, a filosofia da consciência e da subjetividade (moderna) sempre tendo em vista o sujeito e agora na atualidade, ou seja, na contemporaneidade, a filosofia da linguagem, surgindo, de modo especial, a partir da virada lingüística.
Isto vem a intensificar o pensamento metafísico como impostação da filosofia da consciência.
Na concepção platônica da linguagem, a sua função consiste na expressão adequada da ordem objetiva das coisas, isto é, captar a verdadeira ordem das coisas como norma da retidão da linguagem.
A filosofia da linguagem renuncia a estes fenômenos da consciência, substituindo os procedimentos intuitivos.
Pela forma da sentença, pode-se então, deduzir as regras da linguagem que usamos inconscientemente. Isto é possível, somente porque a filosofia da linguagem abandonou a representação da própria linguagem, onde ela é compreendida como um instrumento de comunicação que permanece fora do conteúdo dos pensamentos. Ao contrário, a filosofia da linguagem passou a interpretar a linguagem como forma de expressão da representação e pensamento.
A modernidade pode então ser entendida no âmbito das revoluções: industrial, tecnológica que através da ciência e da técnica transformou a razão do mundo.
Neste sentido “o paradigma da linguagem, ou do entendimento intersubjetivo, ou da comunicação, está mais apto a revelar estruturas de racionalidade subjacentes à atividade humana na fala, do que o próprio pensamento.”
Habermas chega a afirmar que há uma racionalidade imanente na ação comunicativa que, através de um núcleo universal da linguagem ligado a esta racionalidade, então, possibilita o entendimento:
Nisto, se constitui o cerne da discussão da problemática da racionalidade.
Este proferimento, por sua vez, visa passar da singularidade para a universalidade, por meio de uma aprovação dos participantes da comunicação.
Enfim, afirma-se as prerrogativas já expostas do problema lingüístico, de Platão a Wittgenstein, da instrumentalidade da linguagem para a mediação intranscendível do filosofar, enquanto racionalidade e agir comunicativo.

Magno Sauer 6º semestre

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