25 de junho de 2007

O QUE SE SENTE PELO OUTRO?


A sexualidade e as paixões fascinam, mas também causam medo, sendo estas causa de atração e desejo. Percebemos algo de interessante e estranho na realidade de jovens de diversos lugares, em suas paixões, atrações, amores. A descoberta do outro faz com que se tenha novos ensaios do corpo, fazendo que desejamos conhecer o outro como ser corporal.
O outro diferente, heterogêneo apresenta-se como possível liberdade de desejos no seu corpo, que oferece, que chama, mostrando qualidade possível de satisfazer o prazer momentâneo.
O desejo de experimentar algo novo, diferente em nosso corpo – com a adolescência – impulsiona-nos a querer buscar experimentar esta nova sensação, pois a mesma torna-se inquietação, mostrando-se turva, molesta e inexplicável. Acorda em nós desejos ocultos, que vagueiam a procura de saciar-se. A cegueira de contemplar o outro, faz com que antecipa-se o desejo de saciar o prazer sem pensar se o mesmo lhe poderá satisfazer totalmente. Ele nos condiciona, visa paixões carnais, sensualidade, amor... mostra-nos o outro como satisfação erótica, e outras tantas como recompensa.
Por outro lado a relação afetiva, amorosa que se tem por alguém nos torna como que encantados, como se tivéssemos visto a “coisa” mais linda do mundo. Esta faz-nos percorrer o caminho passo a passo buscando e esperando ao outro, o tempo não existe. Apenas é um companheiro de viagem, de caminhada, onde não se impõem um estilo de caçada, de querer a qualquer custo, mas uma forma de caminhar lenta e gradativamente a um ideal a ser conquistado.
A paixão e passageira. O amor é eterno. As paixões duram pouco. O carinho, a afetividade ultrapassam o desejo, que por incrível que pareça funciona como que se este deseja-se ser o único ser ontológico existente, sem mais nada a acrescentar na vida de um indivíduo que busca o reconhecimento e a atenção.

Luiz José Bizarello, 3° Sem.

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