31 de março de 2007

DICA DE LIVRO


É um livro que definitivamente marcou época. Assim como muitos livros do escritor Fédor Dostoiévski influenciaram a literatura e a filosofia no Ocidente, o livro “Crime e Castigo” é o mais citado como a obra prima deste escritor, é considerada como divisor de águas da literatura mundial.
O livro tem como enredo a estória do personagem Raskolnikov, estudante de direito na Russia, que comete dois assassinatos, sendo que uma vítima é morta pelo simples fato de ter presenciado a primeira morte; morre inocentemente. São duas mortes que não deixam nenhum vestígio de quem as cometeu.
No desenrolar do texto, Raskolnikov dá pistas psicológicas de que possivelmente teria praticado os crimes, e isso é percebido por um investigador da polícia. Como não há provas concretas, o investigador não pode afirmar que o suspeito Raskolnikov é o causador das mortes. O livro explora bastante os diálogos entre o investigador e o suspeito acerca dos crimes.
Pressionado exteriormente e interiormente, Raskolnikov conta que é o autor dos a uma prostituta. Esta, então, tenta mostrar a via do cristianismo, do arrependimento, do perdão e tenta convencer Raskolnikov a entregar-se para a polícia. O personagem, porém, tem a teoria de que é um homem diferente, superior aos outros homens pois sua causa é superior, e por isso não pode ser submetido às mesmas leis que rege o agir de individuos inferiores, que tem causas inferiores.
O filósofo Kierkeegard se baseia em Raskolnikov para demosntrar que uma passagem do estágio estético para o ético, e do ético para o religioso é um salto de livre vontade, como é o caso de Raskolnikov se entregar ou não à polícia. Já Nietzsche coloca Raskolnikov como protótipo do “super-homem”, que está acima de qualquer valor moral. Além destes, Dostoiévski influencia o escritor Machado de Assis e a escola literária do Realismo, além de muitos outros escritores.
É um livro clássico, digno de ser lido.
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Eliseu Oliveira, 3º semestre

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