5 de junho de 2008

Seminário Maior São João Maria Vianney - Diocese de Cruz Alta


Formação sobre Organização e Administração Diocesana com César Régis


César Régis é Contador da Diocese de Cruz Alta

ISABELA... O QUE TUA HISTÓRIA QUER NOS ENSINAR?


Quando a Redo Globo noticiou a morte de uma menina que havia caído de um apartamento em São Paulo, o espaço midiático foi pequeno. Ainda não havia suspeitos. Quando o pai e a madrasta tornaram-se os principais suspeitos, toda a sociedade ficou pasmada. A histórica da morte de Isabela indignou pela possível futilidade que levou a uma ação cruel contra uma filha indefesa.

Na tragédia grega temos a história de Medeia, uma mulher que, para se vingar do marido, mata os próprios filhos. A idéia de matar outrem satisfazer uma vontade de um “eu” ferido passa toda a história da humanidade. Até na Bíblia encontramos esta idéia, na história de Caim que mata Abel porque este lhe tomara o lugar aos olhos de Deus. Esse pensamento também se encontra na filosofia.

A filosofia é pensar na tentativa de explicar o mundo racionalmente. Pensar é ordenar, é dar um sentido, é organizar os objetos dentro de uma lógica coerente, criar um sistema que explica e se explica por si mesmo: uma totalidade. Totalidade significa o conjunto de objetos pensados e experiências vividas de um sujeito que pensa: Heidegger chamará de mundo esse horizonte onde o sujeito encontra sentido, ordem, explicação.

Ao pensar o outro, o outro entra no esquema em que a racionalidade o prende dentro de uma ordem imposta pelo sujeito que pensa (conceito). Quando pensamos o outro, o outro deixa de ser alguém e se torna algo, algo que é explicável dentro de um sistema lógico-conceitual. Pensar o outro é subjugá-lo, é tirar-lhe o direito de se outro, um “não-eu”.

Levinas dirá que o outro é anterior a ação do pensamento do eu que pensa, e no mundo do eu pensante aparece como inexplicável e questiona, interpela e desinstala este mundo do sujeito, que é o horizonte onde o eu encontra sentido. O outro sempre está para além do que se possa dizer o que ele é, seu rosto é presença de uma exterioridade metafísica (meta: além; fysis: mundo). O outro é a eterna presença do mistério. Levinas não diz, mas podemos dizer que o outro é a revelação de Deus.

A voz do outro é a sua manifestação mais completa como outro, seu clamor questiona a totalidade, sua voz é sempre provocação e convocação para o serviço Vivemos uma sociedade em que a voz do outro não é ouvida.

Uma ética que parta não do eu que pensa, mas da necessidade real do outro que exige que se cumpra o seu direito de ser outro, de existir com dignidade, é algo que nossa sociedade urgentemente precisa.

Eliseu Oliveira; 5º sem. Filosofia; PUC/RS

A internet e o estudante


A sociedade pós-moderna implicou em várias mudanças no nosso dia-dia, como por exemplo, a internet, que esta cada vez se expandindo no mundo. Precisamos saber até onde ela nos ajuda e nos atrapalha.

A tecnologia na área da internet mais especificamente, ouve avanços extraordinários, como a capacidade de você estar interligado com o mundo inteiro, saber de tudo e de todos com um clic, só basta ter acesso a ela.

Mas será que estamos preparados adequadamente para usá-la?

Na vida do estudante não poderia ter alga melhor para ser desenvolvido, porque você tem acesso resumidamente a todos ou quase todos os tipos de informações e pesquisas que se deseja.

Essa tecnologia tem uma capacidade muito grande de trazer informações rápidas para uma aprendizagem e entendimento, porém para o desenvolvimento da criatividade ela não é muito recomendada.

Para os que usam há pouco desenvolvimento de se criar algo diferente; pois é possível copiar, então a internet não faz você pensar, somente aceitar;mas com uma capacidade de pesquisa e verificação, torna-se uma ferramenta importante e muitas vezes precisas.

Joceli Machado; 1º Sem. Filosofia

2 de junho de 2008

INTERNACIONALIZAR A AMAZÔNIA, POR QUÊ?

Esse assunto ressurgiu após cochilar 7 anos, em jornais internacionais, após pedido de renuncia da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltavam não apenas a importância da Amazônia para o Brasil, mas num tom de que ele não era exclusivamente dos brasileiros. Diante disso, se nem os brasileiros tem livre acesso aos países de primeiro mundo, por que socializar a Amazônia ao mundo?

Basta recordar a Campanha da Fraternidade de 2007, para saber de sua importância ao Brasil e ao mundo, por possuir uma riqueza enorme a começar pelos recursos naturais como a fauna e a flora, potencial hídrico e pelas recentes descobertas de minerais nesta região, como ouro, a prata, o diamante, o petróleo, além de sua floresta ser a única a estar localizada na linha do equatorial, sendo além das geleiras e das algas marinhas, é um dos termômetros do planeta Terra.

Ao observarem esse paraíso, que é a Amazônia, outros países e pessoas conhecidas internacionalmente, ficam fascinados, surgindo a cobiça e a ganância em seus corações, a fim de apropriar-se dele, não permitindo que ele seja exclusivo dos brasileiros, procurando meios para exercer sobre ele um domínio econômico, a fins de enriquecer-se, como a exemplo de Portugal, na época do Brasil Colonial, explorou do Brasil todo ouro a que se deu o direito explorar, a fim de satisfazer seus interesses comerciais com outros países europeus.

Percebe-se que diante do fascínio e do encanto, está de outro lado a cobiça e a ganância. Ao colocar-se na pessoa do novo Ministro do Meio Ambiente Brasileiro Minc, podemos questionar se os países e as pessoas famosas, por que socializar a Amazônia ao mundo? Se diante disso, os países de primeiro mundo, colocam inúmeras barreiras comerciais, econômicas, políticas, alfandegárias e imigratórias aos países de terceiro mundo, do qual enquadra-se o Brasil, por que então o Brasil socializar a Amazônia, sendo ela apenas objeto de seus prazeres?

Parece-me que, é muito fácil exigir atitudes comprometedoras de uma nação, sobre um bem tão precioso que é a Amazônia, enquanto outros países esquivam-se de fazer algo para facilitar as relações sociais e diplomáticas com os países de terceiro mundo.

Valdecir Antônio Zöhler; 1º sem. Filosofia PUC/RS

SER PADRE?

Eu padre? Porque não! Sou o caçula de uma família Católica. Tive uma adolescência como os demais jovens de minha comunidade e de minha faixa etária, indo todos os dias para o colégio, onde lá se tornou o ponto de encontro para muitos de nós. Estudei sempre em escola pública, a


primeira escola foi na comunidade onde minha mãe foi a professora e assim foi indo até o ensino médio onde estudei na Escola Laura Klaudat, no município de Tunas. Desde cedo tive contato com a igreja, devido a minha família que participava nas missas, e também auxiliava na comunidade.

Sou Everton Marcos de Souza, natural de Tunas da paróquia Nossa Senhora da Conceição e da comunidade Santa Terezinha, e foi assim participando, em minha comunidade e engajado na liturgia e catequese que os poucos me despertaram a conhecer uma vida diferente, quem sabe, por que não a ser padre!

Refletindo sobre meu futuro pensei em seguir a vida de educador como minha mãe, até tive uma experiência, onde trabalhei com a educação de jovens e adultos, num projeto de alfabetização da época, mas notei que aquilo não me completava. Algo faltava para me realizar e foi aí que optei em conhecer o seminário. Meu primeiro contato neste chamado foi em Cruz Alta onde com mais cinco jovens prestamos o Propedêutico, que é um ano para o discernimento vocacional e também para refletir se é isto mesmo que você quer. Após, passei a estudar em Viamão, no curso de Filosofia pela PUC-RS, onde estou este ano com a graça de Deus, concluindo mais esta etapa. Em Viamão conheci muitos outros seminaristas, os quais buscam o mesmo ideal de ser padres e primeiramente em serem jovens de Deus e de Oração, conduzidos pelo Espírito Santo, que é o fermento para a nossa vocação. Nos finais de semanas realizo atividades pastorais em paróquias de Porto Alegre. E o ano que vem estou ansioso para então dar mais um passo a este chamado, indo para a Teologia.

Everton Marcos de Souza; Seminarista da Diocese de Cruz Alta.
5º Semestre de Filosofia; PUC/RS.