8 de março de 2008

Sê sensato: escolhe a vida

A Igreja no Brasil nos motiva na Campanha da Fraternidade este ano a refletirmos sobre o tema:“Fraternidade e Defesa da Vida”, iluminados pelo lema:“Escolhe, pois, a vida!” (Dt 30,19).
Escolher a vida é muito mais que ir contra as práticas como o aborto ou como a eutanásia, é defender a vida em todas as suas manifestações e etapas. É dizer sim ao projeto de Cristo que veio trazer “vida e vida plena para todos” (Jô 10,10).
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Escolher a vida é promover a dignidade da vida humana. É, como dizem os bispos no texto base da Campanha da Fraternidade 2002: “criar condições favoráveis e sustentáveis para o desenvolvimento das potencialidades humanas. É formular, propor e acompanhar a implementação de políticas que garantam a sustentabilidade socioeconômica e ambiental para a promoção e defesa da vida”.
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Cuidemos, pois, da vida! Cuidemos do meio ambiente, Dom de Deus nos quais somos co-responsáveis, para podermos assim continuar a crê com o salmista: “ao senhor pertence a terra e o que ela contém, o mundo inteiro com os seres que o povoam.” (Sl 23,24)
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Douglas Moisés Carré, 1º semestre

7 de março de 2008

A HOMILIA



O departamento de Liturgia do CELAM, realiza do em Bogotá, em1981, oferece as Igrejas do Continente Latino-americano um opúsculo, no qual revela seu verdadeiro sentido, os elementos que a compõe e faz uma avaliação sobre o modo de como prepará-la e apresentá-la.

Etimologicamente a palavra HOMILIA vem da palavra grega “homilia”, que significa reunião, conversa familiar.É um tipo de oratória sagrada que convém mais à celebração litúrgica e dos sacramentos, sua função na celebração é de servir de passagem ao rito, ou seja, ser ponte entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística.

A Homilia é composta de três elementos principais:

*EXEGÉTICO: é a interpretação da Palavra de Deus, onde para se chegar–se a mensagem principal, é preciso perguntar-se: O QUE QUER DIZER DEUS ATRVÉS DESTE TEXTO?
*VITAL: é a aplicação da mensagem á vida da comunidade e a cada um dos que a integram, aproveitando o paralelismo entre as situações vitais que encontramos na Bíblia e na Sociedade Moderna atual.
*LITÚRGICO: é a aplicação da mensagem à celebração litúrgica é a assembléia que celebra, tendo uma função mistagógica, de conduzir aos mistérios da fé, a partir da Palavra dada até a ação sacramental.

Quanto ao modo de prepará-la, é preciso escolher uma das três leituras como núcleo referencial da pregação, e das várias mensagens, idéias ou temas encontrados na exegese, convém escolher um e procurar desenvolvê-lo, formando assim uma estrutura, que facilitará ao pregador sua exposição.

Referente ao modo de expo-la, é primeiramente tarefa presidencial,não deve ser muito extensa, onde o pregador precisa tratar de pregar não a um público, mas a si próprio dentro de um público, primando pela simplicidade, sinceridade, clareza na comunicação e certa unção, a fim de expressar-se num estilo mais pastoral e coloquial, ou seja, da forma do povo.

Embora esse opúsculo, sobre a homilia seja ultrapassado por obras mais complexas, sempre quando folhar-mos suas páginas, ele tem algo de valioso a ensinar-nas maneiras de como colocá-la em prática nos dias atuais.


Resumo do livro sobre Homilia :
Valdecir Antônio Zöhler.

EIS O TEMPO DE CONVERSÃO

Não tenho muita experiência para sair dando conselhos, mas do pouco que eu vivi, uma das conclusões que cheguei é que todo mundo devia passar algum tempo no deserto. Por quê? Ora, porque o deserto é um lugar que não se pode fazer outra coisa senão refletir. E quando refletimos, estamos percebendo o que pode ser melhorado na nossa vida. Não por acaso, o deserto é biblicamente um lugar de conversão.
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No início da história do povo de Deus, Deus prometeu a Abraão uma nova terra, mas, com o passar dos anos, os descendentes de Abraão acabaram por ser escravos no Egito. Deus não esqueceu a sua aliança e chamou Moisés para tira o seu povo da escravidão do Egito. Prometeu a Moisés uma nova terra, sem escravidão. Deus não disse que este tempo duraria quarenta anos antes de chegar na terra prometida, e que neste tempo o povo daria a Moisés muita dor de cabeça. Moisés, depois de muito aprender com a caminhada, entendeu que a conversão é um processo de desconstrução e de reconstrução, e neste caminho passa-se por muitas crises, às vezes dá vontade de voltar para o Egito, onde a comida é garantida, ainda que sob o jugo do Faraó.
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Essa história nos ensina. Nem todo mundo muda com a mesma rapidez. É preciso ter calma com as pessoas, afinal, todo mundo tem o seu processo, nem todos tem a mesma força de vontade para mudar. Não adianta apressar. As verdadeiras lideranças sabem muito bem disso. Todavia, muitas vezes é necessário dar uma sacudida, uma desestruturada. Os psicólogos vivem fazendo isso como os pacientes, para que eles reconheçam suas limitações, e a partir disso, começarem a se ajudar. Mas antes de ser um juiz das atitudes alheias, devemos nos reconhecer como os primeiros que precisam de uma conversão, que precisam esquecer os valores aprendidos no Egito, para que possamos viver como pessoas livres.
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Hoje, o que nos prende à escravidão do Egito contemporâneo é, sem dúvida, o pecado do individualismo, do consumismo, da idolatria do prazer sem sentido e do desejo de poder sem serviço. Para sermos livres, precisamos esquecer dos valores aprendidos junto ao jugo do Faraó, e sobre eles, aprender a viver os novos valores como a solidariedade, a partilha, a justiça e o amor. A quaresma é o tempo de peregrinar pelo nosso deserto interior e rever nossos valores e nossa prática, à caminho da verdadeira liberdade. Eis o tempo favorável.
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Eliseu Lucas Alves de Oliveira, 5º semestre

4 de março de 2008

Retiro Diocesano dos Seminaristas de Cruz Alta

Quaresma: tempo de conversão



Mais uma vez Jesus vem nos revelar uma vida Santa e com isto lavar nossos pecados nos restaurando a uma vida nova.


Quaresma é tempo de conversão, de reconhecermos que pecamos mas que temos um Cristo que morreu e viveu por nós.


A igreja se une a cada ano, mediante os quarenta dias da Quaresma, ao mistério de Jesus no deserto. É no deserto que Ele foi tentado e que venceu o tentador por nós: “Pois não temos um sumo sacerdote incapaz de compadecer-se de nossas fraquezas, pois Ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado”. ( Hb 4, 15 )


Nós como Católicos, devemos dia-a-dia vencermos o Satanás que vem nos tentar com várias artimanhas e que muitas das vezes até caímos. E é por isso que devemos participar do dinamismo da conversão e da penitência e também neste tempo litúrgico a praticarmos privações voluntárias como o jejum, esmola e a partilha fraterna. A partir disto somos convidados a abrir nosso coração ao Perdão, como a parábola que Jesus descreve do “Filho Pródigo”, cujo centro é o pai misericordioso. Assim é o amor que Cristo tem por nós, que é o amor embasado em Misericórdia, que se manifesta na Cruz. E que a Cruz Sagrada seja nosso guia e que o Satanás seja derrotado, como diz São Bento em uma oração bem conhecida: “A Cruz sagrada seja minha Luz, Não seja o Dragão meu guia, Retira-te Satanás, Nunca me aconse-lhes coisas vãs, É mal o que tu me ofereces, Bebe tu mesmo do teu veneno”.


Este período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.




Everton M. de Souza
V Semestre