14 de novembro de 2006

Grande aventura 2006

Os seminaristas dos cursos de Filosofia e Teologia da Diocese de Cruz Alta, acompanhados dos Padres Sílvio, Magnos e Marcos, como tradicionalmente acontece, realizaram, nos dias 10 a 14 de novembro, o passeio chamado de "Grande Aventura". O local foi a praia em Nova Tramandaí.

7 de novembro de 2006

COMO A SOCIEDADE ATUAL VÊ A MORTE


A morte, no mundo de hoje, não espanta e comove mais como deveria. Todo o dia temos notícias de mortes. Na televisão a morte é a estrela, o convite às bilheterias do cinema. A morte é atrativo até para a diversão das crianças nos jogos virtuais de computador ou video-game. A morte tornou-se quase que banal, quando não é com um alguém próximo a nós. Estamos acostumados porque vivemos uma “cultura de morte”.
De fato, se o mundo não dá mais valor à morte, muito menos dá à vida. A vida humana não é valorizada. Podemos buscar alguma explicação na suposta “virada antropocêntrica”. Tinha-se a idéia de que a pessoa (antropo) estaria no centro (centrismo). Como pressuposto desta visão o ego cogito, o “eu penso” de Descartes (1596-1650). Com Descartes e Bacon (1558-1627), passando por Galileu (1564-1642), Newton (1642-1737), Einstein, (1879-1955), e muitos outros no ramo da ciência, o mundo desenvolveu sua técnica e sua tecnologia, mas o que se pretendeu como fim (pessoa) tornou-se meio. Ou seja, a ciência deveria objetivar a pessoa humana. Contudo, a pessoa humana não foi o centro. A técnica tomou tal autonomia que o centro passou a ser a própria produção, o mercado, o lucro.
Poderíamos perguntar: e o lucro não vai para a pessoa humana? Não. Uma pequena parcela não pode representar o todo, a pessoa humana. O bolo aumentou, mas não foi dividido. Hoje, com a idéia neoliberal que afasta o Estado e dá pleno poder ao mercado, podemos dizer que vivemos na era do “mercadocentrismo”. Todo este contexto gerou uma “cultura de morte”. Para a moral pregada pelo neoliberalismo, é normal, é aceitável que há gente que morre de fome ou que não tenha vida digna, pois o “darwinismo social” pregado é que os mais fortes comandam o “Senhor Mercado”, enquanto os mais fracos devam morrer, “vítimas de sua própria fraqueza”.
A ciência, no meio de toda essa ideologia da morte camuflada de suposta liberdade, onde a liberdade é apenas para o mercado, não tem culpa. A culpa é do egoísmo de alguns grupos. E parece que estamos anestesiados, há um cansaço de ser bom, de lutar pela vida... e terminamos cooptando com a morte de nossos irmãos.
Eliseu Oliveira 2º semestre

EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADE DO SER MAIS


O processo educativo como mediação para a humanização deve levar a uma nova postura perante a existência, existência que é estar sendo e se realizando no mundo. A educação é um processo lento e longo e, sua eficácia verifica-se até o fim da vida, pelo fato da pessoa humana ter uma eterna capacidade criadora.
Mas o homem é esse ser de criação e de transformação e, essa possibilidade que lhe é própria, chama-se cultura. Assim o homem precisa de normas e regras para orientar seu agir, nas relações com o outro e com o mundo. No entanto, num primeiro momento, temos total aderência às normas, por não conseguirmos darmos por nós próprios o verdadeiro sentido do existir das normas estabelecidas. Já no momento seguinte, com sua evolução física, sensorial e principalmente intelectiva, sabendo-se como ser que sabe que sabe, começa a perceber-se no mundo e com o mundo, dando assim um verdadeiro existir a si próprio. Cabe-lhe, porém, decidir sobre o aqui e o agora.
Entretanto, esse processo não se realiza isoladamente, ocorre em um mundo onde está inserido com outros seres. E aí percebe-se único, mas em relações contínuas com o semelhante, sendo essas relações muitas vezes conflituosas.
Portanto, o homem é um ser sociável e nessas relações precisa ser educado. A educação, no entanto, consiste que os outros sejam aqueles que oportunizam a cada um, o que lhe é próprio, a fala. Que é o poder expressar a mesma linguagem dialogada, não interpretada.

Doglas J. P. Francisco, 6º semestre
Obs: Doglas está fazendo a monografia em Paulo Freire

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